O grupo feminino Sorginak é uma erupção de percussão basca. As seis jovens pandereteiras formam um colectivo impregnado da tradição. Sempre a vozes, límpidas, frescas, lindas. Cantam e bailam e tocam como gente grande. A elas junta-se Kepa Junkera, o notável e consagrado mago da trikitixa (concertina basca), para uma celebração musical carregada de simplicidade. De um lado, nas mãos delas, a tradição do País Basco no seu estado mais puro. Do outro, nos dedos dele, o virtuosismo depurado do seu maior embaixador e artista. Assim começa mais um grande Festim!
Kepa Junkera - trikitixa e percussões
Amets Ormaetxea, Eneritz Aulestia, Irati Gutierrez, Garazi Otaegi, Maria Lasa, Alaitz Eskudero (Sorginak) - panderetas, percussões, vozes
Com mais de 40 anos de carreira, o violinista Jacky Molard é uma instituição musical da Bretanha e muito conhecido entre os amantes da música celta, pela aproximação que faz da música bretã aos ‘reels’ irlandeses ou ao jazz manouche. Apresenta-se no Festim com o seu vertiginoso quarteto: além do endiabrado violino de Molard, ao palco sobem Yannick Jory e a sua destreza nos saxofones, o contrabaixo compulsivo de Hélène Labarrière e o acordeão, quase como um brinquedo, nas mãos de Janick Martin. Quarteto imperdível este, no Festim. Para vibrar por dentro e por fora.
Jacky Molard - violino
Hélène Labarrière - contrabaixo
Yannick Jory - saxofones soprano e alto
Janick Martin - acordeão diatónico
O grupo sul-coreano Noreum Machi conjuga uma alucinante técnica de percussão de tambores e cantos xamânicos, com danças e rituais ancestrais da velha tradição oriental. Apresentam um espectáculo original que funde tradição, exotismo e modernidade, conquistando o público através da profunda emoção da sua performance. Instalado o transe, os Noreum Machi partem para cavalgadas rítmicas de deixar os olhos em bico. Com uma energia digna de Festim, transformam a percussão tradicional coreana em algo que soa tremendamente contemporâneo. O Extremo Oriente chega ao Festim!
Ju Hong Kim - director artístico, voz, janggu (djambé coreano), kkaenggwari (gongo pequeno), nabal (corneta trad. coreana)
Howon Lee –janggu, kkaenggwari, buk (tambor), coro
Hyun Ju Oh – janggu, kkwaenggwari, jing (gongo grande), nagak (corneta de búzio), taepyongso (oboé trad. coreana), coro
Youngjun Kim - taepyongso, piri (flauta de bambu), coro
Taeho Kim – buk (tambor), bara (pratos de choque), coro
Dois dos maiores expoentes da nova geração da música brasileira - o cantor e estrela do samba Diogo Nogueira e o bandolinista Hamilton de Holanda - fundem os seus universos musicais no concerto Bossa Negra, sob inspiração do afro-samba. Um olhar brasileiro sem rótulo único, em magníficos duetos de voz e bandolim que só artistas deste estirpe conseguiriam engendrar. O concerto cruza samba, choro e jazz numa linguagem inédita, fazendo jus ao talento dos protagonistas, magistralmente acompanhados ao contrabaixo e à percussão. Festim sem este Brasil não seria a mesma coisa!
Diogo Nogueira - voz
Hamilton de Holanda - bandolim
André Vasconcellos - contrabaixo
Thiago da Serrinha - percussão
40 anos de Brigada Victor Jara. Este é um concerto único e especial, por uma das maiores referências da música tradicional portuguesa nas últimas décadas. A efeméride encontra a Brigada num momento maduro da sua existência criativa, com a frescura contemporânea dos arranjos e o grande talento dos actuais músicos. Os seus concertos e a sua discografia, integralmente reeditada neste ano de 2015, reflectem a diversidade regional do cancioneiro português e o contributo inigualável que o colectivo coimbrão tem dado à memória da música em Portugal.
Aurélio Malva - bandolim, guitarra, gaita de foles, viola braguesa e voz
Catarina Moura - voz
Manuel Rocha – violino
Luís Garção Nunes - guitarra, viola beiroa e cavaquinho
José Tovim - baixo e coros
Rui Curto - acordeão e concertina
Miguel Moita – teclados
Quiné – bateria e percussão
Arnaldo de Carvalho – percussões e coros
Richard Bona, um dos maiores baixistas do mundo, é uma lenda viva. Ter nascido numa pequena aldeia africana não o impediu de vir a tocar com nomes como Pat Metheny, Chick Corea ou Bobby McFerrin. Talento puro, diz-se que Bona tem o dom de aprender a tocar qualquer instrumento apenas por observar. Cantor, compositor, multi-instrumentista, Bona mistura as raízes africanas com o jazz contemporâneo, num mapa de sonoridades que vai da balada ao rock tropical, passando pela rumba e pela fusão. Bona estará no Festim acompanhado pela sua banda inter-racial, para três concertos de nível mundial.
Richard Bona - baixo e voz
Adam Stoler - guitarras
Etienne Stadwijk - teclados
Ludwig Afonso - bateria
Tatum Greenblatt - trompete
Directamente de Buenos Aires para o Festim, esta orquestra de tango apresenta uma atitude inigualável em palco. Tocam tango com alma roqueira – ou será rock com alma tangueira? - e renovaram radicalmente a cena musical argentina, com recurso apenas à potência acústica dos instrumentos clássicos do tango, numa frente sonora de bandoneóns e violinos. A Orquesta Típica Fernández Fierro eleva cada canção a um limiar de vida ou morte, com a impressionante entrega dos seus músicos. Eis no Festim um dos grupos mais agressivamente contemporâneos da história do tango!
Federico Terranova, Alex Musatov e Bruno Giuntini - violinos
El Ministro, Eugenio Soria, Fausto Salinas e Julio Coviello – bandoneóns
Charly Pacini - viola
Alfredo Zucarelli - violoncelo
Yuri Venturín - contrabaixo
Santiago Bottiroli - piano
Julieta Laso – voz
O nome Ferro Gaita vem da combinação de dois instrumentos: o ferro (pedaço de metal tocado com uma faca) e a gaita (concertina, como a conhecemos em Portugal), utilizados num dos géneros musicais de Cabo Verde, o funaná. Em contraponto à doçura da morna, os Ferro Gaita apresentam uma música enérgica e desbravam novos caminhos para a música cabo-verdiana, ao juntar-lhe a bateria, o baixo, os sopros. Além do funaná, tocam também o batuque e a tabanka, viajando pelo mundo e acumulando prémios e actuações ao vivo sempre surpreendentes, como vêm a ser estas a fechar o Festim!
Estevão Tavares (Iduino) - gaita (concertina) e voz
Carlos Lopes (Bino) - ferrinho e voz
Emanuel Tavares - congas, percussão e voz
Frutuoso Pina - percussão, caneca e voz
Luis da Veiga - bateria
Mário Mendonça - baixo
José Varela - trombone de vara, percussão e voz
O Festim é membro do EFWMF. |